segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Epilogo: Correrias a moda portuguesa

Em primeiro lugar peco desculpa pela falta de acentuacao e de outras marcas graficas. Mas este teclado nao me permite fazer nada que fuja ao standard ingles. Continuando...

Voltei... mas desta vez muito mais curto, mas tambem com uma historia para contar: Como todos sabem, em viagem de negocios nao se perde tempo, e aliado a eficacia portuguesa (bom e rapido). Pus-me a inventar nas viagens e apanhei um voo para Londres que me dava meia hora para apanhar o voo seguinte para Brno. Dava tempo suficiente, tirando que o voo se atrasou meia hora. E os meus 30 minutos ficaram reduzidos para zero. Felizmente para mim a Ryanair e consistente com os atrasos e acabei por chegar mesmo antes de a porta fechar... eu e mais 5L de suor, porque andei praticamente a correr em cima da neve e com 10 kgs atras, um treino convivio, como se diz em Estarreja. Nem deu para respirar o ar das terras de sua majestade, mas isso tambem e so para amanha.
Agora um duche, um jantar so para apaziguar o estomago e uma cervejinha para matar saudades e depois uma boa noite de sono que amanha tambem ha maratona...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Portugal, a presentation that will fill you up :)

Ao fim de 3 meses no estrangeiro, era de esperar que fosse fácil falar sobre o teu país, e de facto é, mas quando tens um tempo limitado e um público incerto, é um tiro no escuro, qualquer coisa que possas apresentar. Descobri, da pior forma que apresentar alguma coisa é como vender um produto: Quanto mais falarmos dele pior, porque mais defeitos revelamos (sim, o legado do Jobs ensinou-me alguma coisa ). A solução passa também por mostrar aos nossos possíveis "clientes" o "produto" e esperar que a nossa "construção" não permita que revelemos as nossas falhas.
Então como apresentar Portugal a 100 pessoas de povos e culturas diferentes? Por um lado, não podes falar de tudo aquilo que devias para Portugal parecer um país em condições ou então acabas por aborrecer as pessoas, por outro, não podes falar de menos, ou então perdes a mística toda e já ninguém te compra o produto. Falta-nos então saber como encontrar o equilíbrio... Bem a fórmula é simples: Pastéis de Bacalhau, Receita Caseira, um copo de vinho do Porto e umas moelas, para acompanhar o bom espírito português que faz todos os cidadãos da Europa de Les... Centro pensarem que nós andamos sempre bêbados.

Resultado: uma bela duma After-FILLUP, à la Portuguesa :)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Anjos em Olomouc

Olá outra vez... já lá vão uns 100 mil anos desde que aqui escrevi, mas não tenho tido grande tempo, e como agora tenho de estudar e trabalhar, parece-me uma boa altura para falar da minha ida a Olomouc.
Olomouc é uma cidade checa. Tem igrejas, torres, sinos de 50 000 euros. Tem pilares que são património da humanidade mas que ninguém sabe para que são, mercados típicos e também pistas para patinagem no gelo. Ok, até aqui nada estranho, também me perdi lá pelo meio (até agora estou a cumprir o objectivo de me perder em qualquer cidade nova a que vá).
De dia viu-se igrejas e passámos por museus, Namesti Republiky, que é, como sempre, uma paragem obrigatória nos trams de qualquer cidade checa, e também pela enorme praça, que é muito mais bonita iluminada de luzes de natal.
O que me espantou foram os anjos, que em cada esquina que olhava, um espreitava para mim. Ainda bem que não precisei de pestanejar muito :)

Por último só queria deixar aqui, em nota de fim, uma dedicatória especial de Aveiro :D

Já falta pouco :)


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Uma Praga de Cultura... :)

De todas as coisas que ainda me espantam na República Checa, Praga consegue ser uma surpresa agradável. Primeiro porque é impossível não gostar da cidade: mantém todo o encanto das cidades Checas, construídas e planeadas ao mais ínfimo detalhe para que cada edifício mais banal se encaixe e adapte a todo o monumento ou igreja que se encontre nas vizinhanças, como também concilia aquela multiculturalidade que não é tão notória noutras cidades como Ostrava ou Brno, e claro, tem sempre uma boa vertente de diversão nocturna (mas a isso já lá vamos).
Coisas a não perder: Visitar o Castelo e ver a Rendição da Guarda, que, mesmo presumindo que não tem o mesmo encanto que em Buckingham, é sempre um espectáculo, perder-se nas Igrejas e nas diferentes basílicas e tirar uma foto na Charles Bridge, subir à torre do relógio e ouvir de perto o toque das cornetas, ver a mudança da hora no relógio e saber a história do Powder Gate, visitar os diversos museus (da tortura, dos instrumentos sexuais, do Lego), e passar uma tarde na Praça da Liberdade. Tanta coisa e ainda só falei dos dias.
Nas noites é preciso espírito quente e derreter o bar de gelo, e depois correr todos os 5 pisos da Hlavni Mesto ao som das diferentes músicas. Parar no Hard Rock (obrigatório!) e acabar a noite com um Kebab, que já é de manhã!

Depois o importante é vir a dormir no comboio, que foram 3 dias muito longos :D

sábado, 29 de setembro de 2012

Uma Aventura em Brno...

Sim... Brno, ou Brünn, como era antigamente, ou Brna, como nos estamos a referir a algo sem estar efectivamente a falar para ele (sim já sei algo de checo) ou então, como se deve pronunciar: Brenô (com 'e' mudo), adiante:
Este fim de semana viemos passear a Brno, é a segunda maior cidade da Republica Checa, e tem, provavelmente, a maior distribuição de catedrais por metro quadrado que eu já vi, o que é surpreendente para um país sob influência soviética. Mas o que mais me estranhou de tudo foi a quantidade de culturas e alegorias diferentes que conseguimos encontrar: temos catedrais católicas (mas senhoras Catedrais! daquelas que tem o dobro ou o triplo da altura do resto dos edificios à volta, e claro, com 54 degraus até ao primeiro andar), vimos estátuas de Genghis Khan (os seus dotes também devem cá ter chegado), reparámos em esculturas de Caronte em capelas de ossos, e templos satânicos rodeados de esqueletos, fontes com dragões, arcanjos com espadas de fogo, retratos da fundação de Roma, arraiais de pancada ciganos e também estações de comboio indianas, com comboios de vapor!
Encontrámos bebedos metaleiros com conhecimentos profundos de história nacional e homens sábios e de barbas brancas que nos contou uma história que dava para um livro (e eu só queria saber se o escrevia como biografia ou não, mas isso é conteúdo para outro post).
Para não variar, consegui-me perder numa cidade grande, mas em minha defesa, havia lá um bar de... de... danças exóticas, e os outros foram por ruelas e esqueceram-se de mim (são matemáticas muito dificeis contar até 12)...
Mas pronto, todas estas aventuras já eram de esperar, só pelo inicio da viagem em que nos levantámos às 6h30 da manhã, a um feriado, para apanhar um comboio que parou a meio porque havia cortes de electricidade e tivemos de fazer uns 50km num autocarro que mais parecia uma lata de sardinhas, à conversa com um metaleiro a cheirar a cerveja que rondou temas tão essenciais como Moonspell (sabiam que agora sou chefe de uma claque deles?), Terra Média, e História e Cultura da República Checa...

Mas que grande aventura :D

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Notas soltas, presas com fita-cola

É frequente na República Checa os professores ficarem doentes, e avisarem os alunos no dia em que resolvem estar doentes que não há aulas... Felizmente para todos, um bom aluno tem o hábito de consultar o e-mail pelo menos várias vezes por dia, nomeadamente ao acordar, e não vai para a sala, para esperar pelo professor.
Também é banal, para as pessoas comuns, visitar frequentemente a piscina e também o banho turco, o que explica bastante a capacidade natural que todos tem para processar toxinas várias que são ingeridas na alimentação, mas é justo dizer, que por 30 Kc (~1.20€) à hora, é um preço mais do que razoável para a oferta, comparando com o sempre nosso Portugal.
Mais estranho que tudo, é ser interpelado por várias pessoas perguntando-me no dialecto local, se eu era Checo. Não sei se hei de considerar isso um elogio ou não, mas tendo em conta que não percebo quase nada da lingua deles, acho que ainda me falta muito para ser um checo de verdade, para o bem e para o mal. Ainda assim, ganhei um ponto na Adaptação ao Ambiente Local :)

sábado, 15 de setembro de 2012

Sobre as culturas e as pessoas

Não tenho escrito aqui há já alguns dias, mas tenho estado ocupado com as inscrições na Universidade e com conhecer Stodolni e o resto de Ostrava.

Aqui na Républica Checa há certas coisas que eu sou incapaz de não reparar. Em primeiro lugar há uma grande afluência de loiraças de olhos azuis com grandes decotes, grandes... corações... sim era essa a palavra certa ;)
A segunda coisa que é impossível não reparar é na quantidade enorme de fritos que eles comem, e na ainda maior quantidade de cerveja que eles bebem, é que não consigo mesmo entender como é que eles tem uma esperança média de vida tão alta, tendo em conta que são os reformados que abrem os bares às 3 da tarde, com duas ou três "pivo Radegast" para acompanharem a conversa, e depois desses reformados, aparecem os estudantes, os não-estudantes, os que já foram estudantes e também os que ainda vão ser estudantes, se bem que estes ultimos ainda não bebem com tanta regularidade (só o que está no biberão). Pior para a taxa de mortalidade disto, contribuiem as passadeiras nas estradas, que são completamente inuteis porque os carros não são obrigados a parar. Ainda bem que é um país sem álcool e não há o risco de haver pessoas bêbedas que se esquecem disso...